Por Elizabeth de
Freitas
É tempo de renovação. É tempo de renovar a
esperança e retomar o que começamos e não terminamos, a procurarmos entender e a
sentir a vida nas formas que nos rodeiam e percebermos Deus que se manifesta em
todas essas formas.
Possuindo o homem em si a divindade e dotado
de livre arbítrio, ele inicia mais um ciclo de vida a caminho da evolução. Isso
porque quando Deus criou seu Universo, teve um plano e esse plano é a evolução,
e por Amor Ele expandiu sua consciência. Por isso dizem as escrituras: “Nós
somos Ele e fomos feitos à sua imagem e semelhança”. Possuímos, portanto todas
as suas qualidades, porém suscetíveis de desenvolvimento.
Reflexo da
divindade
São tantas as promessas! Algumas renovadas,
outras que, por um motivo qualquer, não foram concretizadas... outras são
novidades, metas a serem alcançadas e outros tantos objetivos. Além das
promessas, que são importantes porque renovamos nossas forças, nossa crença na
vida, é fundamental que cada homem seja o reflexo real da divindade interna,
esta que nos impulsiona a elevar o pensamento positivo, sublimar as emoções e,
assim, tornar a mente tranquila, o coração sereno, e descobrir em si o ser
verdadeiro, o guia da sua personalidade forte, pura, bela e nobre que cada um
possui.
Ao traçar nossos objetivos a serem
alcançados, não nos esqueçamos de manter viva uma comunhão permanente com o
Divino, e a ter um olhar “crístico” frente às nossas escolhas. A palavra
comunhão (no grego koinomia) significa “compartilhar coisas em comum”. Sendo
assim, vamos também procurar compartilhar com o Divino nossos objetivos, nossos
ideais e realizações. Isso porque temos diante de nós um novo desafio no caminho
do nosso crescimento. O Divino espera de nós a prática desse exercício, espera
que tenhamos sempre a firme determinação de não permitir que coisa alguma
interfira no nosso caminhar rumo à evolução, propósito maior de
Deus.
Fortalecimento da
fé
A comunhão com Deus numa base pessoal nos
permitirá conquistar uma fé forte e profunda para concretizar este propósito.
Portanto, é também o momento de prometer a retomada da fé, principalmente
aquelas pessoas que por um motivo ou outro se viram desprovidas desse
instrumento tão importante no caminho da evolução. Isso porque a fé em Deus
renova, em todos os momentos, toda energia do corpo e do espírito. É um laço que
une o espírito ao seu Criador. Ele desperta todos os sentidos que levam o homem
ao bem.
A pessoa que crê não é movida pelas coisas
que vê ou ouve, mas pelo que sente. Movidos pela fé, fazemos o que precisa ser
feito e acreditamos que as possibilidades estão latentes em cada um de nós.
Conheço pessoas que costumam dizer que perderam a fé. Eu digo que a fé não vai
procurar essas pessoas, mas elas devem procurá-las no seu íntimo e se o fizerem
com sinceridade e humildade, com certeza a encontrarão.
A fé não deve ser imposta, não se prescreve;
ela é algo que se adquire e independe desta ou daquela religião. A fé transporta
montanhas, que são as dificuldades, as resistências, a dúvida, e a descrença em
nós mesmos e na Divindade.
Usemos a comunhão e a fé a serviço do nosso
caminhar, alicerçados na sabedoria e na compreensão do todo, com a certeza de
que estamos trilhando o caminho correto, porque a obra de Deus não apresenta
lacunas.
Ao traçar as nossas metas é importante
reconhecer o caminho que estamos fazendo para chegar aonde desejamos, porque não
podemos semear trigo acreditando que podemos colher centeio.
Identificar o caminho que
estamos seguindo é fundamental quando decidimos trilhá-lo com sabedoria para
concretizar o plano divino. Essa regra perdura para o crescimento pessoal e
espiritual. Sucesso a todos nesta caminhada evolutiva!
Elizabeth de Freitas é
autora do livro O Despertar de uma Consciência. Traço Editora. Artigo publicado
na Revista Cristã de Espiritismo, edição 92.