quarta-feira, 18 de abril de 2012

Fé e evolução


























Por Elizabeth de Freitas
É tempo de renovação. É tempo de renovar a esperança e retomar o que começamos e não terminamos, a procurarmos entender e a sentir a vida nas formas que nos rodeiam e percebermos Deus que se manifesta em todas essas formas.
Possuindo o homem em si a divindade e dotado de livre arbítrio, ele inicia mais um ciclo de vida a caminho da evolução. Isso porque quando Deus criou seu Universo, teve um plano e esse plano é a evolução, e por Amor Ele expandiu sua consciência. Por isso dizem as escrituras: “Nós somos Ele e fomos feitos à sua imagem e semelhança”. Possuímos, portanto todas as suas qualidades, porém suscetíveis de desenvolvimento.
Reflexo da divindade
São tantas as promessas! Algumas renovadas, outras que, por um motivo qualquer, não foram concretizadas... outras são novidades, metas a serem alcançadas e outros tantos objetivos. Além das promessas, que são importantes porque renovamos nossas forças, nossa crença na vida, é fundamental que cada homem seja o reflexo real da divindade interna, esta que nos impulsiona a elevar o pensamento positivo, sublimar as emoções e, assim, tornar a mente tranquila, o coração sereno, e descobrir em si o ser verdadeiro, o guia da sua personalidade forte, pura, bela e nobre que cada um possui.
Ao traçar nossos objetivos a serem alcançados, não nos esqueçamos de manter viva uma comunhão permanente com o Divino, e a ter um olhar “crístico” frente às nossas escolhas. A palavra comunhão (no grego koinomia) significa “compartilhar coisas em comum”. Sendo assim, vamos também procurar compartilhar com o Divino nossos objetivos, nossos ideais e realizações. Isso porque temos diante de nós um novo desafio no caminho do nosso crescimento. O Divino espera de nós a prática desse exercício, espera que tenhamos sempre a firme determinação de não permitir que coisa alguma interfira no nosso caminhar rumo à evolução, propósito maior de Deus.
Fortalecimento da fé
A comunhão com Deus numa base pessoal nos permitirá conquistar uma fé forte e profunda para concretizar este propósito. Portanto, é também o momento de prometer a retomada da fé, principalmente aquelas pessoas que por um motivo ou outro se viram desprovidas desse instrumento tão importante no caminho da evolução. Isso porque a fé em Deus renova, em todos os momentos, toda energia do corpo e do espírito. É um laço que une o espírito ao seu Criador. Ele desperta todos os sentidos que levam o homem ao bem.
A pessoa que crê não é movida pelas coisas que vê ou ouve, mas pelo que sente. Movidos pela fé, fazemos o que precisa ser feito e acreditamos que as possibilidades estão latentes em cada um de nós. Conheço pessoas que costumam dizer que perderam a fé. Eu digo que a fé não vai procurar essas pessoas, mas elas devem procurá-las no seu íntimo e se o fizerem com sinceridade e humildade, com certeza a encontrarão.
A fé não deve ser imposta, não se prescreve; ela é algo que se adquire e independe desta ou daquela religião. A fé transporta montanhas, que são as dificuldades, as resistências, a dúvida, e a descrença em nós mesmos e na Divindade.
Usemos a comunhão e a fé a serviço do nosso caminhar, alicerçados na sabedoria e na compreensão do todo, com a certeza de que estamos trilhando o caminho correto, porque a obra de Deus não apresenta lacunas.
Ao traçar as nossas metas é importante reconhecer o caminho que estamos fazendo para chegar aonde desejamos, porque não podemos semear trigo acreditando que podemos colher centeio.
Identificar o caminho que estamos seguindo é fundamental quando decidimos trilhá-lo com sabedoria para concretizar o plano divino. Essa regra perdura para o crescimento pessoal e espiritual. Sucesso a todos nesta caminhada evolutiva!
Elizabeth de Freitas é autora do livro O Despertar de uma Consciência. Traço Editora. Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 92.