"Imaginemos alguém
que, com um perfume muito forte, permanece determinado tempo em ambiente
fechado. A fragrância do seu perfume irá se espalhar pelo ambiente, que ficará
impregnado, durante algum tempo, com o odor característico. Da mesma forma, o
resultado do que pensamos e sentimos, fica indelevelmente plasmado naqueles
ambientes que mais costumamos freqüentar.
Assim, os nossos
lares, os ambientes de trabalho, os locais onde se realizam cultos religiosos e
de outros tipos, ficam com suas atmosferas marcadas pelas formas-sentimento e
formas-pensamento que comumente ali são expressadas. Quem penetrar em um desses
ambientes, inconscientemente ou não, se sentirá inclinado a sintonizar-se
psiquicamente com as vibrações ali caracterizadas, sejam agradáveis ou
desagradáveis.
Por outro lado, se
alguém com um perfume muito forte nos abraça, inevitavelmente herdaremos o odor
que dessa pessoa é emanado, seja ele prazeiroso ou não.
Da mesma forma que
o perfume alheio nos invade a atmosfera pessoal, as vibrações espirituais de
quem nos abraça também nos invadem a organização íntima, nem que essa troca
energética se processe - e também se conclua - em poucos segundos, tempo
necessário para que as defesas energéticas da aura administrem a invasão
energética.
Em resumo, estamos
sempre marcando, com a "nossa fragrância espiritual", as pessoas e os ambientes
com os quais convivemos e, ao mesmo tempo, recebendo a suas influências. Quando
e se, as nossas defesas espirituais estiverem em boa forma, assimilaremos apenas
o que nos for positivo e rechaçaremos o que não for.
Esse processo é
inconsciente, como também o é o da defesa orgânica que os anticorpos promovem em
nosso corpo, sempre que necessário. É tudo tão rápido que o cérebro
físico-transitório não dá conta, apesar de ser ele que administra todo o
processo, como também o faz, a nossa mente espiritual, quando o caso se
relaciona com as vibrações de terceiros que nos invadem o
espírito.
É importante
perceber que, uma simples troca de olhares, um aperto de mão, um abraço, uma
relação sexual, por exemplo, são situações em que a troca energética acontece,
independentemente de querermos ou não.
Quando a nossa
resultante de defesa vibratória é positiva - normalmente assim o é nas pessoas
que tem bom ânimo, não se deixam entristecer pelos fatos, são disciplinados no
campo da oração e/ou meditação etc. - pouco nos invade a energia alheia, se isto
for nos servir de transtorno ao nosso equilíbrio energético. Ao contrário, se
estivermos em baixa condição de defesa energética, tal qual um prato de alimento
estragado que inapelavelmente irá causar 'estragos" no nosso organismo, a
energia deletéria alheia nos desarmonizará durante pouco ou muito tempo,
conforme for a nossa capacidade psiquica-espiritual em restabelecer o equilíbrio
que nos caracteriza, seja ele de que nível for.
As crianças
pequenas que sequer andam, normalmente tem energia passiva, e sofrem um bocado
quando ficam "passando de braço em braço", recebendo verdadeiras descargas
energéticas que normalmente lhes causam desequilíbrios de toda ordem. Se os pais
terrenos disso soubessem, outras seriam as suas posturas em relação a permitirem
que seus filhos andem de "braço em braço".
Portanto, estamos
a todo momento, trocando energia com as pessoas e com os ambientes que nos
rodeiam. O equilíbrio - leia-se, saúde espiritual - de cada um, é o único
antídoto a impedir que as vibrações negativas, alheias à nossa organização
espiritual, penetrem no nosso íntimo.
Saber conviver
sem sintonizar com a energia de terceiros é postura que somente os mestres de si
mesmos conseguem plasmar na difícil coexistência com os demais. Ao contrário, se
a toda hora temos a sensibilidade pessoal invadida por problemas e influências
de outras pessoas e/ou situações, ficamos sempre à mercê dos "outros nos
deixarem" ficar em paz. Assim, a nossa paz íntima dependerá dos outros, jamais
de nós próprios; o nosso controle será sempre refém do descontrole alheio; a
nossa fragrância espiritual estará sempre mesclada com a dos outros; enfim,
dificilmente conseguiremos ser donos de nossa própria vida.
Se pretendemos ser
os arquitetos e atores da nossa própria caminhada evolutiva é mister que
cuidemos do nosso equilíbrio espiritual, escolhendo quando e como sintonizar com
as vibrações alheias, seja em uma conversa, em um convívio mais íntimo, numa
palestra, enfim, numa simples leitura, como é o caso que ora ocorre, pois, até o
que lemos pode nos ser motivo de enriquecimento ou de desarmonia interior, já
que é vibração que nos penetra a alma.
Lembremo-nos de
que: a soberania espiritual passa necessariamente pelo controle das emoções; a
saúde do nosso corpo dependerá da qualidade do que nos alimentamos; o equilíbrio
do nosso espírito depende e, em muito, do que nos permitimos sintonizar, através
dos sentidos.
Afinal, se a massa
e energia são aspectos de um mesmo padrão existencial, sintonia e vibração
formam o elo entre toda a massa e energia que existe, independente das formas
transitórias que venham a assumir.
Melhoremos a nossa
vibração pessoal e eduquemos os nossos padrões de sintonia. Isto feito,
estaremos despertando no nosso íntimo, a grande herança que recebemos do Pai
Celestial."
Autor:Jan Val Ellam Fonte:http://www.caminhosdeluz.org